:: 18/05/2009 17:45 Seção: Inclusão Digital |
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Rondônia: interligação na rede de saúde começa em
junho
Por Maria Eduarda Mattar, do Guia das Cidades Digitais
O Estado de Rondônia começa a instalar os primeiros
módulos de seu projeto de digitalização da área de saúde. O projeto,
realizado no âmbito da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), prevê duas
fases: na primeira, serão informatizadas e interligadas todas as
unidades de saúde de 30 dos 52 municípios rondonienses, com algumas
aplicações de telemedicina. Na segunda, o número de municípios
atendidos será expandido, assim como as aplicações de medicina a
distância. "Nesta primeira fase, serão interligados 600
computadores e 5 servidores [computadores com capacidade maior de
processamento], distribuídos em seis unidades de saúde: quatro
hospitais, um laboratório, dois almoxarifados e a Sesau", conta o
professor Renato Sabbatini, presidente do Instituto Edumed, centro
especializado em informatização médica e que atua como integradora
neste projeto. O principal ponto dessa rede inicial será o Hospital de
Base de Porto Velho, capital de Rondônia, a maior e mais completa
unidade de saúde do Estado. Vai ser este hospital o responsável, por
exemplo, por diagnósticos nos casos em que médicos do interior
precisarem de segundas opiniões em casos mais complicados. As unidades
serão interligadas por uma rede de internet sem fio exclusiva com banda
total prevista de 6 Mbps. Em algumas áreas às quais não for possível
chegar com redes sem fio comuns, será usado satélite, adianta Sabbatini. As aplicações programadas para a rede interligada são as
mais diversas: prontuário eletrônico, prescrição eletrônica e
atendimento hospitalar informatizado são algumas das mais simples. Os
encaminhamentos de pacientes do interior para as cidades maiores,
atualmente feitos usando-se telefone e fax, também utilizarão esta nova
rede. Uma novidade que pode agradar aos cidadãos é a marcação
de consultas online e centralizada. "O cidadão vai a um posto de saúde
da rede e marca consultas para qualquer um dos postos daquela rede, uma
vez que está tudo centralizado. Isso traz comodidade e facilidade", diz
o professor responsável pelo projeto. As consultas, lembra Sabbatini,
poderão ser marcadas para postos localizados em qualquer dos 30
municípios envolvidos na primeira fase do projeto. Em telediagnóstico, o projeto de Rondônia está se
integrando a projetos maiores, dos ministérios da Saúde e da Ciência e
Tecnologia: a Rede de Telessaúde e a Rede Universitária de Telemedicina
(Rute), respectivamente. No caso da Rede de Telessaúde, que tem mil
pontos em nove estados, o Hospital de Base será o centro integrador
para o Estado. "Essas redes serão importantes e cumprirão a função de
espaço para buscar segunda opinião, discutir casos, etc.", pontua
Sabbatini. Na primeira fase, está prevista apenas a consulta a
segundas opiniões de médicos a distância. Mas, na segunda fase, o
telediagnóstico será realizado de forma mais plena. Exames como
eletrocardiograma e eletroencefalograma poderão ter diagnóstico de
médicos em outras unidades, o que facilita a realização e o laudo para
os pacientes de cidades do interior. "A pessoa faz exame no posto de saúde e recebe na hora o
laudo do eletro a distância", reforça o professor, ele próprio um
médico. O projeto rondoniense se integrará também a um outro projeto do
Ministério da Saúde: o de vigilância epidemiológica, que prevê e
articula respostas rápidas a emergências, epidemias, etc. A previsão é de que, em final de maio ou início de
junho, o projeto já comece a ser implementado, com instalação e
interligação de equipamentos na primeira unidade da rede, o Hospital de
Base, em paralelo ao treinamento dos funcionários para utilizá-los. Até
o final do ano, o projeto já estará plenamente implementado, com a
instalação de equipamentos nas outras cidades. Fonte: Guia das Cidades Digitais ( www.guiadascidadesdigitais.com.br
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